Comunidade se uniu na reconstrução das residências, mas a dor da tragédia permanece nas cabeças e corações de quem viveu 17 de dezembro de 2020
O barulho e a força da água junto à lama são constantes nas cabeças e corações de quem viveu 17 de dezembro de 2020. Uma tragédia que pegou os moradores de Presidente Getúlio de supetão, e, de um dia para o outro, tirou a vida de 18 pessoas. Um ano depois, a cidade se reconstrói e volta a ganhar dinâmica, mas a dor traumática de um ado tão recente ainda assombra as famílias do município, especialmente do bairro Revólver, mais atingido pela catástrofe.
A reportagem da NDTV Blumenau voltou a Presidente Getúlio para mostrar como está a cidade e contar a história de superação de alguns moradores que deram a volta por cima. Um deles é o seu Alvino Sardagna, de 81 anos, que na época deu uma entrevista depois de ver a casa onde morava há 55 anos ficar destruída.
Um ano depois, a nova casa está erguida, no mesmo terreno. Ele conta como foi desafiador, mas que com a ajuda da sua esposa conseguiu erguer a nova casa. “Casei com 22 anos, comecei e não tinha nada. Perdi tudo, mas agora tenho a casa de novo. Enfim, existem pessoas que nunca iriam conseguir fazer isso aqui, né. Mas no fim a gente conseguiu”, diz.

Esquecer jamais. Porém quem ou por tudo isso, se mostrou forte. Um ano depois, apesar das fendas ainda estarem presentes na serra, a cidade se reergueu. Com a união da comunidade e a ajuda do Governo Estadual e Federal, tudo voltou ao seu devido lugar.
“Praticamente R$ 17 milhões vieram para o município através da Defesa Civil Nacional, então refizemos pontes, estradas… E agora terminamos fazendo a prestação de contas. A sensação é de dever cumprido, diz o prefeito Nelson Virtuoso.
Memorial em homenagem às vítimas
Foi entregue oficialmente nesta sexta-feira (17), um memorial em homenagem às vítimas fatais da tragédia. Foram erguidos exatamente 18 pilares de granito, com uma placa contendo os nomes de todas as vítimas. Justo tributo às famílias que permanecerão com este vazio eternamente.
Fonte: nd+