Com a nova onda de calor que começa no fim desta semana, as temperaturas podem superar os 40ºC em algumas regiões do país.
Esta é a quinta onda de calor que registrada no país neste ano. Três delas impactaram exclusivamente o Sul do país e uma elevou as temperaturas no Sudeste e no Centro-Oeste. A quinta deve atingir parte do Centro-Sul.
Ao menos sete estados devem ser atingidos pela onda de calor nos próximos dias:
- Rio Grande do Sul
- Santa Catarina
- Paraná
- São Paulo
- Minas Gerais
- Mato Grosso do Sul
- Mato Grosso

Nova onda de calor — Foto: Arte/g1
Segundo Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo, o Sul do país deve ser novamente a região mais atingida pelas altas temperaturas. “Porto Alegre deve ser a capital mais quente nesse período, com as máximas chegando a 39ºC. No leste do Rio Grande do Sul e na Campanha Gaúcha, as marcas podem chegar a 43ºC”, prevê.
No Sudeste, São Paulo também deve registrar temperaturas muito acima da média. A expectativa é de máxima de 34ºC, 5 graus acima do esperado para o mês.
Luengo ainda comenta que, com a nova onda de calor, boa parte das capitais afetadas pelo fenômeno podem registrar novos recordes de temperatura para o ano.
São Paulo, Curitiba e Porto Alegre são as capitais com maior chance de observarem as maiores marcas do verão nesse período.
Altas temperaturas no Sul
O Sul do país é a região que mais tem sofrido com dias de calor extremo neste início de ano. Já foram três ondas de calor em menos de dois meses completos:
Com os fenômenos, diversas cidades registraram temperaturas recordes para o período. Quaraí, no Rio Grande do Sul, por exemplo, registrou marcas de quase 44ºC. É a maior temperatura observada no estado desde o início do monitoramento, em 1910.
A terceira onda de calor no Rio Grande do Sul começou no sábado (22) e deve se estender praticamente até o início da próxima onda de calor. O fenômeno também afeta grande parte de Santa Catarina.
Março quente
O início de março com altas temperaturas reflete um pouco como deve ficar o tempo ao longo do último mês do verão.
Os meteorologistas também destacam que o La Niña deve se desconfigurar ao longo do mês de março, com o retorno para uma fase de neutra.
O fenômeno tem consequências importantes para o clima no país, como a facilitação da entrada de massas de ar frio e a influência no regime de chuvas. Mas as águas aquecidas dos oceanos de forma geral têm amenizado os efeitos do La Niña, que é considerado de baixa intensidade.
Uma nova massa de ar quente que ganha força entre o norte da Argentina e o Uruguai deve influenciar as altas temperaturas Centro-Sul, especialmente na primeira quinzena do mês.
Fonte: G1