O quinto mês do ano também é lembrado pela conscientização e a garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Em Concórdia, o “Maio Laranja”, assim como em anos anteriores, será marcado por várias atividades para fixar essa temática junto à comunidade local. Para isso, várias entidades estão preparando uma programação para lembrar o Dia Nacional de Combate à Exploração e Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, celebrado no próximo dia 18.
Durante a primeira quinzena deste mês, voluntários do Fórum Municipal pelo Fim da Violência e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes de Concórdia vão participar de entrevistas nas emissoras de rádio da cidade para aprofundar o assunto e trazer dados da realidade no maior município da AMAUC.
O ponto alto das atividades do “Maio Laranja” na Capital do Trabalho acontece durante todo o dia 10, um sábado, na Rua Coberta, em que será realizada a distribuição de panfletos informativos, além de orientação e conversa com a população e empresários sobre a garantia dos direitos das crianças e adolescentes. Às 10h neste mesmo local, acontece um “apitaço”, com a participação de escolas do município.
A presidente do Fórum Municipal pelo Fim da Violência e Exploração Sexual de Concórdia, Tânia Romani, destaca que os direitos das crianças e adolescentes devem ser garantidos o ano todo. Para ela, o “Maio Laranja” é um mês temático em que as ações devem ser mais ressaltadas. “É um momento de alerta, de um olhar especial para as nossas crianças e adolescentes que sofrem calados. Nós, adultos, não podemos fingir ou pensar que o problema não é nosso, pois podemos responder por omissão”, salienta. Completa que a sociedade deve ficar atenta, pois todos podem mudar a realidade de uma criança através da confiança e coragem para a denúncia. Acrescenta que “precisamos garantir que as crianças e adolescentes cresçam em um ambiente seguro, com respeito e protegidos de qualquer tipo de violência”, finaliza.
O abuso sexual se configura em qualquer ato nesse sentido com a criança e adolescente. Já a exploração é caracterizada pelo uso delas para fins sexuais, visando o lucro do contexto da prostituição, compartilhamento de conteúdo e imagens, nas redes de tráfico e, também, no turismo com motivação sexual.
De acordo com a ONG Childhood Brasil, que trabalha no país para a garantia de direito das crianças e adolescentes, 85% dos abusos sexuais contra essas vítimas são cometidos por conhecidos e a maioria dentro de casa. A cada hora, esse crime atinge oito pessoas com menos de 18 anos de idade. Outro dado alarmante é que apenas 8,5% dos casos são denunciados às autoridades.
Como identificar uma situação de abuso em criança e adolescente
1-Mudança de Comportamento: Alterações de humor, agressividade ou introspecção, vergonha excessiva, medo ou pânico; rebeldia, ataques de raiva e, até mesmo, comportamentos infantis que já havia abandonado, como, por exemplo, chupar os dedos.
2-Problemas de Saúde Psicossomáticos: Enfermidades sem aparente causa clínica, como dores de cabeça, erupções na pele e alterações gastrointestinais.
3-Comportamentos sexuais: interesse repentino por questões e brincadeiras de cunho sexual com palavras ou desenhos que se refiram às partes íntimas.
(Fonte: Agência Brasil)
Ao observar esses possíveis sinais, o caso deve ser notificado através:
-Disque 100 – Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos;
-Disque 181 – Disque Denúncia;
-Polícia Civil;
-Polícia Militar;
-Polícia Rodoviária Federal;
-Conselho Tutelar;
-Promotoria de Justiça.
Fonte: AMAUC