Aduaneiros exigem teste da doença, mas não têm conseguido atender demanda de exames, segundo motoristas
Cerca de 40 caminhões de transporte de uma empresa de Chapecó estão parados na fronteira entre a Argentina e o Chile a cerca de dez dias. Os veículos são impedidos de seguir viagem desde que o país chileno ou a exigir teste de Covid-19 no território.
Apesar da regra, as autoridades não têm conseguido atender a demanda de testagem, segundo os motoristas.
Os veículos transportam chocolate, frutas e carnes. Segundo a funcionária da empresa, Jerssica Gral, a espera de alguns motoristas não tem previsão retorno e os prejuízos são incauculáveis. A maior parte dos funcionários estão em Mendoza, Uspallata e Villa Mercedes, na Argentina.
Além da demora, a refrigeração dos alimentos também preocupa e há o risco de perderem as cargas perecíveis.
“O equipamento de frio é movido com diesel. Está chegando o momento que não tem mais diesel. A gente tem que entrar em contato com um posto para levar [o combustível]. Lá eles não têm infraestrutura. Estão ficando sem água, a estrutura que tem hoje não é suficiente”, disse.
Situação precária
O motorista Ederson João Casal, está aguardando liberação na Argentina junto com cerca de outros 400 caminhões. Segundo ele, a maioria dos veículos é de brasileiros e a situação para quem espera é precária.
“São dois banheiros, uma torneira de água para aproximadamente esses 400 caminhões, o pátio é terra e a dificuldade nossa é de que o mercado não tem perto, a situação é que não tem previsão”, disse.
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), são cerca de 5 mil caminhões parados na fronteira com o Chile. Aproximadamente 80 são brasileiros.
Ime
A entidade afirmou, em comunicado, que a exigência é de que os motoristas façam dois exames pelos agentes de saúde chilenos: o teste RT-PCR, realizado em até 72 horas de antecedência e outro no momento da agem na fronteira. A medida surgiu após informações de que alguns motoristas estariam apresentando testes da Covid-19 adulterados.
As negociações seguem para que com teste PCR negativo que tenha código de barras ou QR Code que possa ser verificado, os motoristas sejam liberados e as filas diminuam.