Na lista também estão o ex-ministro e ex-vice na chapa de Bolsonaro, general Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou, nesta terça-feira, dia 18, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por participação em uma suposta trama golpista investigada pela Polícia Federal (PF).
Bolsonaro é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado com violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, além de deterioração de patrimônio tombado.
Caso a denúncia seja aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente se tornará réu e responderá a um processo penal na Corte.
Além de Bolsonaro, também foram denunciados o ex-ministro e ex-candidato a vice-presidente, general Braga Netto, e o ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.
Essa é a primeira vez que Bolsonaro é formalmente denunciado criminalmente perante o STF. O documento, assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes.
Investigação da PF e indiciamentos
A denúncia representa um desdobramento das investigações conduzidas pela Polícia Federal nos últimos anos. Segundo a PF, Bolsonaro já foi indiciado em três apurações distintas:
- • Fraude no cartão de vacinação, envolvendo dados falsificados para a obtenção de certificados de imunização contra a Covid-19;
- • Venda ilegal de joias sauditas, presentes recebidos pelo governo brasileiro e posteriormente negociados nos Estados Unidos;
- • Trama golpista, na qual a PF aponta a existência de um plano para desestabilizar as instituições democráticas.
A análise da denúncia caberá à Primeira Turma do STF, sob a presidência do ministro Cristiano Zanin, responsável por definir a data do julgamento.
Bolsonaro teria concordado com plano para matar Lula
Entre os trechos da denúncia, a PGR afirma que Bolsonaro foi informado e concordou com um plano para ass o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final de 2022.
“Os membros da organização criminosa estruturaram, no âmbito do Palácio do Planalto, plano de ataque às instituições, com vistas à derrocada do sistema de funcionamento dos Poderes e da ordem democrática, que recebeu o sinistro nome de ‘Punhal Verde Amarelo’. O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu”, diz um trecho do documento assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet.
A denúncia agora aguarda a análise do STF para definir os próximos os do processo.
Fonte: Oeste Mais